O presente é uma esquina Entre o passado e o amanhã Que o Sol, raio a raio, ilumina Treze ao todo, conforme Arina Dita pela voz da Lua, sua irmã.
Aquela que a reflecte por alva luz Nas tardes escuras, presas do breu Pois assim nos ama e alivia a cruz Pondo cada um mais perto do céu.
Se às mãos justapostas erguidas Ou acenando A Deus os dedos abertos Prometer compor das suas vidas Os hinos de coro das vozes unidas Com a clave dos solfejos despertos.
E dispersos no globo virtual Que alinhava todo o mundo Numa rede de ponto-cruz universal Do tapete do voar profundo Com que aquela Vénus digital Fez do ser-se apenas animal A janela do celestial vagabundo.
Argonauta dos nomes próprios De Cronos recíproca profundidade Sujeita alma a reduzidos aedos heterónimos Da liberdade acesa Reia aspergindo sinais Brilhos, cujos fátuos olhos são a verdade Estrela dos teus por que nos vemos iguais.
Décimo Primeiro Cálice
Andam rosas autênticas sob o estampado de outras mais e-reais Que umas sendo arte reproduzem aquelas originais primeiras Não se sabendo agora reconhecer a autoria sufixa dada e às quais Sim, quais foram e são as verdadeiras, se aquelas das roseiras Ou estas @qui alvas subtis e glamorosas mais belas que as demais?
Mas se gerar confusão esse romance assim sumariado no viés alfim Saiba-se então, que o soletrado afélio da rima é ainda mais para mim Onde aquela cujo nome me cresce à prontidão e entendimento atendido Se faz poema aceso-verso e sinal, estrofe de si a quadrar puro sentido Como se fora a Aurora ao fim do dia ou Vénus a pôr-se no Nascente Tudo trocado, nisto somado assente fica, que viver é bem mui pouco Pois põe-me o sentido louco, se quem deveras amo está flor ausente.
Porém se caminha indica também caminho e é bússola desse raminho Haste de folha verde que a sustém no carinho da esperança sinuosa A subir amparada na roseira de asilo sem o espinho da rosa verdadeira Que destino estampado na seda, algodão ou linho é a mais real maneira De beber a fé primeira vestida de veludo nos lábios de pétala da rosa.
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Décimo Cálice
O presente é uma esquina
Entre o passado e o amanhã
Que o Sol, raio a raio, ilumina
Treze ao todo, conforme Arina
Dita pela voz da Lua, sua irmã.
Aquela que a reflecte por alva luz
Nas tardes escuras, presas do breu
Pois assim nos ama e alivia a cruz
Pondo cada um mais perto do céu.
Se às mãos justapostas erguidas
Ou acenando A Deus os dedos abertos
Prometer compor das suas vidas
Os hinos de coro das vozes unidas
Com a clave dos solfejos despertos.
E dispersos no globo virtual
Que alinhava todo o mundo
Numa rede de ponto-cruz universal
Do tapete do voar profundo
Com que aquela Vénus digital
Fez do ser-se apenas animal
A janela do celestial vagabundo.
Argonauta dos nomes próprios
De Cronos recíproca profundidade
Sujeita alma a reduzidos aedos heterónimos
Da liberdade acesa Reia aspergindo sinais
Brilhos, cujos fátuos olhos são a verdade
Estrela dos teus por que nos vemos iguais.
Décimo Primeiro Cálice
Andam rosas autênticas sob o estampado de outras mais e-reais
Que umas sendo arte reproduzem aquelas originais primeiras
Não se sabendo agora reconhecer a autoria sufixa dada e às quais
Sim, quais foram e são as verdadeiras, se aquelas das roseiras
Ou estas @qui alvas subtis e glamorosas mais belas que as demais?
Mas se gerar confusão esse romance assim sumariado no viés alfim
Saiba-se então, que o soletrado afélio da rima é ainda mais para mim
Onde aquela cujo nome me cresce à prontidão e entendimento atendido
Se faz poema aceso-verso e sinal, estrofe de si a quadrar puro sentido
Como se fora a Aurora ao fim do dia ou Vénus a pôr-se no Nascente
Tudo trocado, nisto somado assente fica, que viver é bem mui pouco
Pois põe-me o sentido louco, se quem deveras amo está flor ausente.
Porém se caminha indica também caminho e é bússola desse raminho
Haste de folha verde que a sustém no carinho da esperança sinuosa
A subir amparada na roseira de asilo sem o espinho da rosa verdadeira
Que destino estampado na seda, algodão ou linho é a mais real maneira
De beber a fé primeira vestida de veludo nos lábios de pétala da rosa.
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